28 de novembro de 2008

Rachel de Queiroz, uma escritora que fez política no PC e ocupou cargos no Regime Militar brasileiro.




"[...] tento, com a maior insistência, embora com tão
precário resultado (como se tornou evidente), incorporar
a linguagem que falo e escuto no meu ambiente nativo à
língua com que ganho a vida nas folhas impressas. Não
que o faça por novidade, apenas por necessidade.
Meu parente José de Alencar quase um século atrás vivia
brigando por isso e fez escola."


Por Armando Nogueira

Rachel de Queiroz, nasceu em Fortaleza - CE, no dia 17 de novembro de 1910, filha de Daniel de Queiroz e de Clotilde Franklin de Queiroz, descendendo, pelo lado materno, da estirpe dos Alencar (sua bisavó materna — "dona Miliquinha" — era prima José de Alencar, autor de "O Guarani"), e, pelo lado paterno, dos Queiroz, família de raízes profundamente lançadas em Quixadá, onde residiam e seu pai era Juiz de Direito nessa época.

Em 1913, voltam a Fortaleza, face à nomeação de seu pai para o cargo de promotor. Após um ano no cargo, ele pede demissão e vai lecionar Geografia no Liceu. Dedica-se pessoalmente à educação de Rachel, ensinando-a a ler, cavalgar e a nadar. Aos cinco anos a escritora leu "Ubirajara", de José de Alencar, "obviamente sem entender nada", como gosta de frisar.

Fugindo dos horrores da seca de 1915, em julho de 1917 transfere-se com sua família para o Rio de Janeiro, fato esse que seria mais tarde aproveitado pela escritora como tema de seu livro de estréia, "O Quinze".

Logo depois da chegada, em novembro, mudam-se para Belém do Pará, onde residem por dois anos. Retornam ao Ceará, inicialmente para Guaramiranga e depois Quixadá, onde Rachel é matriculada no curso normal, como interna do Colégio Imaculada Conceição, formando-se professora em 1925, aos 15 anos de idade. Sua formação escolar para aí.

Rachel retorna à fazenda dos pais, em Quixadá. Dedica-se inteiramente à leitura, orientada por sua mãe, sempre atualizada com lançamento nacionais e estrangeiros, em especial os franceses. O constante ler estimula os primeiros escritos. Envergonhada, não mostrava seus textos a ninguém.

Em 1926, nasce sua irmã caçula, Maria Luiza. Os outros irmãos eram Roberto, Flávio e Luciano, já falecidos).

Com o pseudônimo de "Rita de Queluz" ela envia ao jornal "O Ceará", em 1927, uma carta ironizando o concurso "Rainha dos Estudantes", promovido por aquela publicação. O diretor do jornal, Júlio Ibiapina, amigo de seu pai, diante do sucesso da carta a convida para colaborar com o veículo. Três anos depois, ironicamente, quando exercia as funções de professora substituta de História no colégio onde havia se formado, Rachel foi eleita a "Rainha dos Estudantes". Com a presença do Governador do Estado, a festa da coroação tinha andamento quando chega a notícia do assassinato de João Pessoa. Joga a coroa no chão e deixa às pressas o local, com uma única explicação "Sou repórter".

Seu pai adquire o Sítio do Pici, perto de Fortaleza, para onde a família se transfere. Sua colaboração em "O Ceará" torna-se regular. Publica o folhetim "História de um nome" — sobre as várias encarnações de uma tal Rachel — e organiza a página de literatura do jornal.

Submetida a rígido tratamento de saúde, em 1930, face a uma congestão pulmonar e suspeita de tuberculose, a autora se vê obrigada a fazer repouso e resolve escrever "um livro sobre a seca". "O Quinze" — romance de fundo social, profundamente realista na sua dramática exposição da luta secular de um povo contra a miséria e a seca — é mostrado aos pais, que decidem "emprestar" o dinheiro para sua edição, que é publicada em agosto com uma tiragem de mil exemplares. Diante da reação reticente dos críticos cearenses, remete o livro para o Rio de Janeiro e São Paulo, sendo elogiado por Augusto Frederico Schmidt e Mário de Andrade. O livro logo transformaria Rachel numa personalidade literária. Com o dinheiro da venda dos exemplares, a escritora "paga" o empréstimo dos pais.

Em março de 1931, recebe no Rio de Janeiro o prêmio de romance da Fundação Graça Aranha, mantida pelo escritor, em companhia de Murilo Mendes (poesia) e Cícero Dias (pintura). Conhece integrantes do Partido Comunista; de volta a Fortaleza ajuda a fundar o PC cearense.

Casa-se com o poeta bissexto José Auto da Cruz Oliveira, em 1932. É fichada como "agitadora comunista" pela polícia política de Pernambuco. Seu segundo romance, "João Miguel", estava pronto para ser levado ao editor quando a autora é informada de que deveria submetê-lo a um comitê antes de publicá-lo. Semanas depois, em uma reunião no cais do porto do Rio de Janeiro, é informada de que seu livro não fora aprovado pelo PC, porque nele um operário mata outro. Fingindo concordar, Rachel pega os originais de volta e, depois de dizer que não via no partido autoridade para censurar sua obra, foge do local "em desabalada carreira", rompendo com o Partido Comunista.

Publica o livro pela editora Schmidt, do Rio, e muda-se para São Paulo, onde se aproxima do grupo trotskista.

Nasce, em Fortaleza, no ano de 1933, sua filha Clotilde.

Muda-se para Maceió, em 1935, onde faz amizade com Jorge de Lima, Graciliano Ramos e José Lins do Rego. Aproxima-se, também, do jornalista Arnon de Mello (pai do futuro presidente da República, Fernando Collor, que a agraciou com a Ordem Nacional do Mérito). Sua filha morre aos 18 meses, vítima de septicemia.

O lançamento do romance "Caminho de Pedras", pela José Olympio - Rio, se dá em 1937, que seria sua editora até 1992. Com a decretação do Estado Novo, seus livros são queimados em Salvador - BA, juntamente com os de Jorge Amado, José Lins do Rego e Graciliano Ramos, sob a acusação de subversivos. Permanece detida, por três meses, na sala de cinema do quartel do Corpo de Bombeiros de Fortaleza.

Em 1939, separa-se de seu marido e muda-se para o Rio, onde publica seu quarto romance, "As Três Marias".

Por intermédio de seu primo, o médico e escritor Pedro Nava, em 1940 conhece o também médico Oyama de Macedo, com quem passa a viver. O casamento duraria até à morte do marido, em 1982. A notícia de que uma picareta de quebrar gelo, por ordem de Stalin, havia esmigalhado o crânio de Trótski faz com que ela se afaste da esquerda.

Deixa de colaborar, em 1944, com os jornais "Correio da Manhã", "O Jornal" e "Diário da Tarde", passando a ser cronista exclusiva da revista "O Cruzeiro", onde permanece até 1975.

Estabelece residência na Ilha do Governador, em 1945.
Seu pai vem a falecer em 1948, ano em que publica "A Donzela e a Moura Torta". No ano de 1950, escreve em quarenta edições da revista "O Cruzeiro" o folhetim "O Galo de Ouro".

Sua primeira peça para o teatro, "Lampião", é montada no Teatro Municipal do Rio de Janeiro e no Teatro Leopoldo Fróes, em São Paulo, no ano de 1953. É agraciada, pela montagem paulista, com o Prêmio Saci, conferido pelo jornal "O Estado de São Paulo".
Recebe, da Academia Brasileira de Letras, em 1957, o Prêmio Machado de Assis, pelo conjunto de sua obra.

Em 1958, publica a peça "A beata Maria do Egito", montada no Teatro Serrador, no Rio, tendo no papel-título a atriz Glauce Rocha.

O presidente da República, Jânio Quadros, a convida para ocupar o cargo de ministra da Educação, que é recusado. Na época, justificando sua decisão, teria dito: "Sou apenas jornalista e gostaria de continuar sendo apenas jornalista."

O livro "As Três Marias", com ilustrações de Aldemir Martins, em tradução inglesa, é lançado pela University of Texas Press, em 1964.

O golpe militar de 1964 teve em Rachel uma colaboradora, que "conspirou" a favor da deposição do presidente João Goulart.

O presidente general Humberto de Alencar Castelo Branco, seu conterrâneo e aparentado, no ano de 1966 a nomeia para ser delegada do Brasil na 21ª. Sessão da Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas, junto à Comissão dos Direitos do Homem.

Passa a integrar o Conselho Federal de Cultura, em 1967, e lá ficaria até 1985. Depois de visitar a escritora na Fazenda Não me Deixes, em Quixadá, o presidente Castelo Branco morre em desastre aéreo.

Estréia na literatura infanto-juvenil, em 1969, com "O Menino Mágico", em 1969.
No ano de 1975, publica o romance "Dôra, Doralina".

Em 1977, por 23 votos a 15, e um em branco, Rachel de Queiroz vence o jurista Francisco Cavalcanti Pontes de Miranda e torna-se a primeira mulher a ser eleita para a Academia Brasileira de Letras. A eleição acontece no dia 04 de agosto e a posse, em 04 de novembro. Ocupa a cadeira número 5, fundada por Raimundo Correia, tendo como patrono Bernardo Guimarães e ocupada sucessivamente pelo médico Oswaldo Cruz, o poeta Aluísio de Castro e o jurista, crítico e jornalista Cândido Mota Filho.
Seu livro, "O Quinze", é publicado no Japão pela editora Shinsekaisha e na Alemanha pela Suhrkamp, em 1978.

Em 1980, a editora francesa Stock lança "Dôra, Doralina". Estréia da Rede Globo de Televisão a novela "As Três Marias", baseada no romance homônimo da escritora.
Com direção de Perry Salles, estréia no cinema a adaptação de "Dôra, Doralina", em 1981.

Em 1985, é inaugurada em Ramat-Gau, Tel Aviv (Israel), a creche "Casa de Rachel de Queiroz". "O Galo de Ouro" é publicado em livro.
Retorna à literatura infantil, em 1986, com "Cafute & Perna-de-Pau".

A José Olympio Editora lança, em 1989, sua "Obra Reunida", em cinco volumes, com todos os livros que Rachel publicara até então destinados ao público adulto.
Segundo notícia que circulou em 1991, a Editora Siciliano, de São Paulo, pagou US$150.000,00 pelos direitos de publicação da obra completa de Rachel.

Já na nova editora, lança em 1992 o romance "Memorial de Maria Moura".

Em 1993, recebe dos governos do Brasil e de Portugal, o Prêmio Camões e da União Brasileira de Escritores, o Juca Pato. A Siciliano inicia o relançamento de sua obra completa.

1994 marca a estréia, na Rede Globo de Televisão, da minissérie "Memorial de Maria Moura", adaptada da obra da escritora. Tendo no papel principal a atriz Glória Pires, notícias dão conta que Rachel recebeu a quantia de US$50.000,00 de direitos autorais.

Inicia seu livro de memórias, em 1995, escrito em colaboração com a irmã Maria Luiza, que é publicado posteriormente com o título "Tantos anos".

Pelo conjunto de sua obra, em 1996, recebe o Prêmio Moinho Santista.

Em 2000, é publicado "Não me Deixes — Suas histórias e sua cozinha", em colaboração com sua irmã, Maria Luiza.

Em novembro deste ano, quando a escritora completou 90 anos de idade, foi inaugurada, na Academia Brasileira de Letras, a exposição "Viva Rachel". São 17 painéis e um ensaio fotográfico de Eduardo Simões resumindo o que os organizadores da mostra chamam de “geografia interior de Rachel, suas lembranças e a paisagem que inspirou a sua obra”.

Rachel de Queiroz chega aos 90 anos afirmando que não gosta de escrever e o faz para se sustentar. Ela lembra que começou a escrever para jornais aos 19 anos e nunca mais parou, embora considere pequeno o número de livros que publicou. “Para mim, foram só cinco, (além de O Quinze, As Três Marias, Dora, Doralina, O Galo de Ouro e Memorial de Maria Moura), pois os outros eram compilações de crônicas que fiz para a imprensa, sem muito prazer de escrever, mas porque precisava sustentar-me”, recorda ela. “Na verdade, eu não gosto de escrever e se eu morrer agora, não vão encontrar nada inédito na minha casa”.

Recebe, em 06-12-2000, o título de Doutor Honoris Causa da Universidade Estadual do Rio de Janeiro.

Em 2003, é inaugurado em Quixadá (CE), o Centro Cultural Rachel de Queiroz.

Faleceu, dormindo em sua rede, no dia 04-11-2003, na cidade do Rio de Janeiro. Deixou, aguardando publicação, o livro "Visões: Maurício Albano e Rachel de Queiroz", uma fusão de imagens do Ceará fotografadas por Maurício com textos de Rachel de Queiroz.

Obras:
Individuais:


- Romances:- O quinze (1930)

- João Miguel (1932)
- Caminho de pedras (1937)
- As três Marias (1939)
- Dora, Doralina (1975)
- O galo de ouro (1985) - folhetim na revista " O Cruzeiro", (1950)
- Obra reunida (1989)
- Memorial de Maria Moura (1992)

- Literatura Infanto-Juvenil:

- O menino mágico (1969)
- Cafute & Pena-de-Prata (1986)
- Andira (1992)
- Cenas brasileiras - Para gostar de ler 17.

- Teatro:

- Lampião (1953)
- A beata Maria do Egito (1958)
- Teatro (1995)
- O padrezinho santo (inédita)
- A sereia voadora (inédita)

- Crônica:

- A donzela e a moura torta (1948);
- 100 Crônicas escolhidas (1958)
- O brasileiro perplexo (1964)
- O caçador de tatu (1967)
- As menininhas e outras crônicas (1976)
- O jogador de sinuca e mais historinhas (1980)
- Mapinguari (1964)
- As terras ásperas (1993)
- O homem e o tempo (74 crônicas escolhidas}
- A longa vida que já vivemos
- Um alpendre, uma rede, um açude: 100 crônicas escolhidas
- Cenas brasileiras
- Xerimbabo (ilustrações de Graça Lima)
- Falso mar, falso mundo - 89 crônicas escolhidas (2002)

- Antologias:


- Três romances (1948)

- Quatro romances (1960) (O Quinze, João Miguel, Caminho de Pedras,
As três Marias)

- Seleta (1973) - organização de Paulo Rónai

- Livros em parceria:- Brandão entre o mar e o amor (romance - 1942) - com José Lins do Rego, Graciliano Ramos, Aníbal Machado e Jorge Amado.

- O mistério dos MMM (romance policial - 1962) - Com Viriato Corrêa, Dinah Silveira de Queiroz, Lúcio Cardoso, Herberto Sales, Jorge Amado, José Condé, Guimarães Rosa, Antônio Callado e Orígines Lessa.

- Luís e Maria (cartilha de alfabetização de adultos - 1971) - Com Marion Vilas Boas Sá Rego.

- Meu livro de Brasil (Educação Moral e Cívica - 1º. Grau, Volumes 3, 4 e 5 - 1971) - Com Nilda Bethlem.

- O nosso Ceará (com sua irmã, Maria Luiza de Queiroz Salek), relato, 1994.

- Tantos anos (com sua irmã, Maria Luiza de Queiroz Salek), auto-biografia, 1998.

- O Não Me Deixes – Suas Histórias e Sua Cozinha (com sua irmã, Maria Luiza de Queiroz Salek), 2000.
Obras traduzidas pela escritora:

- Romances:

AUSTEN, Jane. Mansfield Parlz (1942).
BALZAC, Honoré de. A mulher de trinta anos (1948).
BAUM, Vicki. Helena Wilfuer (1944).
BELLAMANN, Henry. A intrusa (1945).
BOTTONE, Phyllis. Tempestade d'alma (1943).
BRONTË, Emily. O morro dos ventos uivantes (1947).
BRUYÈRE, André. Os Robinsons da montanha (1948).
BUCK, Pearl. A promessa (1946).
BUTLER, Samuel. Destino da carne (1942).
CHRISTIE, Agatha. A mulher diabólica (1971).
CRONIN, A. J. A família Brodie (1940).
CRONIN, A. J. Anos de ternura (1947).
CRONIN, A. J. Aventuras da maleta negra (1948).
DONAL, Mario. O quarto misterioso e Congresso de bonecas (1947).
DOSTOIÉVSKI, Fiódor. Humilhados e ofendidos (1944).
DOSTOIÉVSKI, Fiódor. Recordações da casa dos mortos (1945).
DOSTOIÉVSKI, Fiódor. Os demônios (1951).
DOSTOIÉVSKI, Fiódor. Os irmãos Karamazov (1952) 3 v.
DU MAURIER, Daphne. O roteiro das gaivotas (1943).
FREMANTLE, Anne. Idade da fé (1970).
GALSWORTHY, John. A crônica dos Forsyte (1946) 3 v.
GASKELL, Elisabeth. Cranford (1946).
GAUTHIER, Théophile. O romance da múmia (1972).
HEIDENSTAM, Verner von. Os carolinos: crônica de Carlos XII (1963).
HILTON, James. Fúria no céu (1944).
LA CONTRIE, M. D'Agon de. Aventuras de Carlota (1947).
LOISEL, Y. A casa dos cravos brancos (1947).
LONDON, Jack. O lobo do mar (1972).
MAURIAC, François. O deserto do amor (1966).
PROUTY, Oliver. Stella Dallas (1945).
REMARQUE, Erich Maria. Náufragos (1942).
ROSAIRE, Forrest. Os dois amores de Grey Manning (1948).
ROSMER, Jean. A afilhada do imperador (1950).
SAILLY, Suzanne. A deusa da tribo (1950).
VERDAT, Germaine. A conquista da torre misteriosa (1948).
VERNE, Júlio. Miguel Strogoff (1972).
WHARTON, Edith. Eu soube amar (1940).
WILLEMS, Raphaelle. A predileta (1950).
- Biografias e memórias:

BUCK, Pearl. A exilada: retrato de uma mãe americana (1943).
CHAPLIN, Charles. Minha vida (caps. 1 a 7 (1965).
DUMAS, Alexandre. Memórias de Alexandre Dumas, pai (1947).
TERESA DE JESUS, Santa. Vida de Santa Teresa de Jesus (1946).
STONE, Irwin. Mulher imortal (biografia de Jessie Benton Fremont (1947).
TOLSTÓI, Leon. Memórias (1944).

- Teatro:

CRONIN, A. J. Os deuses riem (1952).

Os dados acima foram obtidos em livros de e sobre a autora, sites da Internet, jornais e revistas de circulação nacional. Fonte: http://www.releituras.com/biografias.asp

27 de novembro de 2008

TRIUNFO por João Luiz Vieira Lopes !!!


O MELHOR CONTADOR DE HISTÓRIAS

Neste ano a XXII FEIRA DO LIVRO DE TRIUNFO foi palco para a culminância de um novo projeto da Biblioteca Pública Coronel João Maia: O Melhor Contador de Histórias, que contou com a participação de todas as Escolas Municipais. Abaixo flashs das apresentações - inicialmente na própria biblioteca, quando fiz parte do júri, e da finalíssima no Teatro União, quando tive o prazer de apresentar o evento -e, por último, o registro fotográfico dos grandes vencedores, com suas respectivas professoras, que merecem também o nossa admiração e respeito, pelo trabalho que desenvolveram com seus alunos. PARABÉNS GAROTADA! FOI UM LINDO ESPETÁCULO!

GLADIS MAIA











EIS OS GRANDES VENCEDORES DA EDIÇÃO DE 2008



Educação Infantil

EMEF Manoel Luiz Kuhn
ISABELA GARCIA
Professora Josélia






Séries Iniciais
EMEF Nicolau Luís Rambor
ANA MILENA SOUZA RAMBOR
Professora Fátima Rosilei




Séries Finais
EMEM Gonçalves Dias
IGOR BRANDINE CONCEIÇÃO
Professora Gilvânia




Ensino Médio e EJA
EMEM Gonçalves Dias
CARLOS ALEXANDRE ÁVILA DE OLIVEIRA
Professora Gilvânia

21 de novembro de 2008

Moacyr Scliar: um médico que se dedica à Literatura, ou um escritor que se dedica à Medicina?


"Acredito, sim, em inspiração, não como uma coisa que vem de fora, que "baixa" no escritor, mas simplesmente como o resultado de uma peculiar introspecção que permite ao escritor acessar histórias que já se encontram em embrião no seu próprio inconsciente e que costumam aparecer sob outras formas — o sonho, por exemplo. Mas só inspiração não é suficiente".

Por Armando Nogueira Júnior

Moacyr Jaime Scliar nasceu em Porto Alegre (RS), no Bom Fim, bairro que até hoje reúne a comunidade judaica, a 23 de março de 1937, filho de José e Sara Scliar. Sua mãe, professora primária, foi quem o alfabetizou. Cursou, a partir de 1943, a Escola de Educação e Cultura, daquela cidade, conhecida como Colégio Iídiche. Transferiu-se, em 1948, para o Colégio Rosário, uma escola católica.

Em 1955, passou a cursar a faculdade de medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre (RS), onde se formou em 1962. Em 1963, inicia sua vida como médico, fazendo residência em clínica médica. Trabalhou junto ao Serviço de Assistência Médica Domiciliar e de Urgência (SAMDU), daquela capital.

Publica seu primeiro livro, “Histórias de um Médico em Formação”, em 1962. A partir daí, não parou mais. São mais de 67 livros abrangendo o romance, a crônica, o conto, a literatura infantil, o ensaio, pelos quais recebeu inúmeros prêmios literários. Sua obra é marcada pelo flerte com o imaginário fantástico e pela investigação da tradição judaico-cristã. Algumas delas foram publicadas na Inglaterra, Rússia, República Tcheca Eslováquia, Suécia, Noruega, França, Alemanha, Israel, Estados Unidos, Holanda e Espanha e em Portugal, entre outros países.

Em 1965, casa-se com Judith Vivien Oliven.

Em 1968, publica o livro de contos "O Carnaval dos Animais", que o autor considera de fato sua primeira obra.

Especializa-se no campo da saúde pública como médico sanitarista. Inicia os trabalhos nessa área em 1969.
Em 1970, freqüenta curso de pós-graduação em medicina em Israel, sendo aprovado. Posteriormente, torna-se doutor em Ciências pela Escola Nacional de Saúde Pública.

Seu filho, Roberto, nasce em 1979.

A convite, torna-se professor visitante na Brown University (Departament of Portuguese and Brazilian Studies), em 1993, e na Universidade do Texas, em Austin.

Colabora com diversos dos principais meios de comunicação da mídia impressa (Folha de São Paulo e Zero Hora). Alguns de seus textos foram adaptados para o cinema, teatro e TV.

Nos anos de 1993 e 1997, vai aos EUA como professor visitante no Departamento de Estudos Portugueses e Brasileiros da Brown University.

Em 31 de julho de 2003 foi eleito, por 35 dos 36 acadêmicos com direito a voto, para a Academia Brasileira de Letras, na cadeira nº 31, ocupada até março de 2003 por Geraldo França de Lima. Tomou posse em 22 de outubro daquele ano, sendo recebido pelo poeta gaúcho Carlos Nejar.

OBRAS DO AUTOR

Conto


O carnaval dos animais. Porto Alegre, Movimento, 1968.

A balada do falso Messias. São Paulo, Ática, 1976.

Histórias da terra trêmula. São Paulo, Escrita, 1976.

O anão no televisor. Porto Alegre, Globo, 1979.

Os melhores contos de Moacyr Scliar. São Paulo, Global, 1984.

Dez contos escolhidos. Brasília, Horizonte, 1984.

O olho enigmático. Rio, Guanabara, 1986.

Contos reunidos. São Paulo, Companhia das Letras, 1995.

O amante da Madonna. Porto Alegre, Mercado Aberto, 1997.

Os contistas. Rio, Ediouro, 1997.

Histórias para (quase) todos os gostos. Porto Alegre, L&PM, 1998.

Pai e filho, filho e pai. Porto Alegre, L&PM, 2002.


Romance

A guerra no Bom Fim. Rio, Expressão e Cultura, 1972. Porto Alegre, L&PM.

O exército de um homem só. Rio, Expressão e Cultura, 1973. Porto Alegre, L&PM.

Os deuses de Raquel. Rio, Expressão e Cultura, 1975. Porto Alegre, L&PM.

O ciclo das águas. Porto Alegre, Globo, 1975; Porto Alegre, L&PM, 1996.

Mês de cães danados. Porto Alegre, L&PM, 1977.

Doutor Miragem. Porto Alegre, L&PM, 1979.

Os voluntários. Porto Alegre, L&PM, 1979.

O centauro no jardim. Rio, Nova Fronteira, 1980. Porto Alegre, L&PM.

Max e os felinos. Porto Alegre, L&PM, 1981.

A estranha nação de Rafael Mendes. Porto Alegre, L&PM, 1983.

Cenas da vida minúscula. Porto Alegre, L&PM, 1991.

Sonhos tropicais. São Paulo, Companhia das Letras, 1992.

A majestade do Xingu. São Paulo, Companhia das Letras, 1997.

A mulher que escreveu a Bíblia. São Paulo, Companhia das Letras, 1999.

Os leopardos de Kafka. São Paulo, Companhia das Letras, 2000.

Na Noite do Ventre, o Diamante. Rio de Janeiro: Ed. Objetiva, 2005.


Ficção infanto-juvenil

Cavalos e obeliscos. Porto Alegre, Mercado Aberto, 1981; São Paulo, Ática, 2001.

A festa no castelo. Porto Alegre, L&PM, 1982.

Memórias de um aprendiz de escritor. São Paulo, Cia. Editora Nacional, 1984.*

No caminho dos sonhos. São Paulo, FTD, 1988.

O tio que flutuava. São Paulo, Ática, 1988.

Os cavalos da República. São Paulo, FTD, 1989.

Pra você eu conto. São Paulo, Atual, 1991.

Uma história só pra mim. São Paulo, Atual, 1994.

Um sonho no caroço do abacate. São Paulo, Global, 1995.

O Rio Grande farroupilha. São Paulo, Ática, 1995.

Câmera na mão, o Guarani no coração. São Paulo, Ática, 1998.

A colina dos suspiros. São Paulo, Moderna, 1999.

Livro da medicina. São Paulo, Companhia das Letrinhas, 2000.

O mistério da Casa Verde. São Paulo, Ática, 2000.

O ataque do comando P.Q. São Paulo, Ática, 2001.

O sertão vai virar mar, São Paulo, Ática, 2002.

Aquele estranho colega, o meu pai. São Paulo, Atual, 2002.

Éden-Brasil. São Paulo, Companhia das Letras, 2002.

O irmão que veio de longe. Idem, idem.

Nem uma coisa, nem outra. Rio, Rocco, 2003.

Navio das cores. São Paulo, Berlendis & Vertecchia, 2003.


Crônica

A massagista japonesa. Porto Alegre, L&PM, 1984.

Um país chamado infância. Porto Alegre, Sulina, 1989.

Dicionário do viajante insólito. Porto Alegre, L&PM, 1995.

Minha mãe não dorme enquanto eu não chegar. Porto Alegre, L&PM, 1996. Artes e Ofícios, 2001.

O imaginário cotidiano. São Paulo, Global, 2001.

A língua de três pontas: crônicas e citações sobre a arte de falar mal. Porto Alegre.


Ensaio

A condição judaica. Porto Alegre, L&PM, 1987.

Do mágico ao social: a trajetória da saúde pública. Porto Alegre, L&PM, 1987; SP, Senac, 2002.

Cenas médicas. Porto Alegre, Editora da Ufrgs, 1988. Artes&Ofícios, 2002.

Se eu fosse Rotschild. Porto Alegre, L&PM, 1993.

Judaísmo: dispersão e unidade. São Paulo, Ática, 1994.

Oswaldo Cruz. Rio, Relume-Dumará, 1996.

A paixão transformada: história da medicina na literatura. São Paulo, Companhia das Letras, 1996.

Meu filho, o doutor: medicina e judaísmo na história, na literatura e no humor. Porto Alegre, Artes Médicas, 2000.

Porto de histórias: mistérios e crepúsculos de Porto Alegre. Rio de Janeiro, Record, 2000.

A face oculta: inusitadas e reveladoras histórias da medicina. Porto Alegre, Artes e Ofícios, 2000.

A linguagem médica. São Paulo, Publifolha, 2002.

Oswaldo Cruz & Carlos Chagas: o nascimento da ciência no Brasil. São Paulo, Odysseus, 2002.

Saturno nos trópicos: a melancolia européia chega ao Brasil. São Paulo, Companhia das Letras, 2003.

Judaísmo. São Paulo, Abril, 2003.

Um olhar sobre a saúde pública. São Paulo, Scipione, 2003.


Obras traduzidas para outros idiomas
Inglês


The Centaur in the Garden (novel). New York, Ballantine Books, 1985. Pocket Edition, 1988; The University of Winscosin Press, 2003.

The Gods of Raquel (novel). New York, Ballantine Books, 1986. Pocket Edition, 1988).

The Carnival of the Animals (short stories). New York, Ballantine Books, 1986.

The Ballad of the False Messiah (short stories). New York, Ballantine Books, 1987.

The Strange Nation of Rafael Mendes (novel). New York, Crown Books, 1988.

The Volunteers (novel). New York, Ballantine Books, 1988.

The Enigmatic Eye (short stories). New York, Ballantine Books, 1989.

Max and the Cats (novel). New York, Ballantine Books, 1990; New York, Plume, 2003; Toronto, Key Porter Books, 2003.

The Collected Stories of Moacyr Scliar. Albuquerque, New Mexico University Press, 1999.

Espanhol

El Centauro en el Jardín (novela). Madrid , Editorial Swan, 1985; Barcelona, Círculo de Letras, 1986.

La Extraña Nación de Rafael Mendes (novela). Barcelona, Circe Ediciones, 1988.

El Ejercito de un Solo Hombre (novela). Buenos Aires, Contexto, 1987; Bogota, Tercer Mundo, 1988.

La Oreja de Van Gogh. La Habana, Casa de las Americas, 1989.

Las Plagas y Otros Relatos. Caracas, Editorial Memorias de Altagracia, 1996.

La Mujer que Escribió la Biblia. Mexico, Alfaguara, 2001.


Francês

Le Centaure dans le Jardin (roman). Paris, Presses de la Renaissance, 1985.

L'Étrange Naissance de Rafael Mendes (roman). Paris, Presses de la Renaissance, 1986.

Le Carnaval des Animaux (contes). Paris, Presse de la Renaissance, 1987; Le Serpent à Plumes, 1998.

Max et les Chats (roman). Paris, Presses de la Renaissance, 1991.

Oswaldo Cruz le Magnifique (roman). Paris, Belfond, 1994.

Sa Majesté des Indiens (roman). Paris, Albin Michel, 1998.

Max et les Félins (roman) Québec, Les Intouchables, 2003.
Alemão

Der Zentaur im Garten (Roman). Hamburg, Hoffman und Campe, 1985; Berlin (DDR), Verlages Volk und Welt, 1988; Hamburg, Rowolt, 1989.

Die Ein-Mann-Armee (Roman). Stuttgart, Edition Weitbrecht, 1987; Goldmann Verlag, 1989.

Das Seltsame Volk des Rafael Mendes (Roman). Stuttgat, Edition Weitbrecht, 1989.


(Todos os livros traduzidos por Karin von Schweder-Schreiner).
Português (Portugal)


O centauro no jardim (romance). Lisboa, Caminho Editorial, 1986.

A orelha de Van Gogh (Contos). Lisboa, Pergaminho, 1994.

A majestade do Xingu . Lisboa, Caminho Editorial, 2001.
Holandês

De Centaur in de Tuin (Roman). Amsterdam, Werldsbibliothek, 1994.
Hebraico

Hakentaur ba Gan. Tel Aviv, Maariv Book Guild, 1988.
Italiano

L'Orecchio di Van Gogh. Roma, Voland, 2000.

Il Centauro nel Giardino, Roma, Voland, 2002.
Tcheco

Leopardi Franze Kafky. Praha, Aurora, 2002.
Russo

(The Centaur in the Garden, O centauro no jardim). Moscow, Amphora, 2002.

Participação em Antologias (Exterior)

Opowidanic brazylijskie. Krakow, Widawinctwo Literackie, 1977.

Brazil - an Anthology of the Literary Review. New Jersey, Farleigh Dickinson University, 1978.

Unsere Freunde die Diktatoren. Munchen, Verlag Autoren Edition, 1980.

Humor and Satire. Varno, Bulgaria, Georgy Bakalov Publishing House, 1980.

Latin-America Forteller. Oslo, den Norske Booklusen, 1980.

Zitrongras. Köln, Kiepenheuser & Witsch, 1982.

Diser Tag Voller Vulkane. Bremen, Verlay Atelier, 1983.

Nouvelles brésiliennes. Montreal, Dérivés, 1983.

A posse da terra. Lisboa, Imprensa Nacional, 1985.

Contes et chroniques d'expression portugaise. Paris, Presses Pocket, 1986.

Ein neuer Name, ein Freundes fesicht. Sarmstad, Lunchterhand, 1987.

Cuentos judíos latinoamericanos. Buenos Aires, Raíces, 1989.

The Faber Book of Contemporary Latin American Short Stories. London, Faber and Faber, 1989.

Cuentos Brasileños Contemporáneos. La Habana, Editorial Arte y Literatura, 1991.

Der Lauf der Sonne in den Gemässigten Zonen. Berlin, Edition Dia, 1991.

A Hammock Beneath the Mangoes: Stories from Latin America. New York, Dutton, '99'.

Fallen die Perlen von Mond. München, Piper, 1992.

Nachdenken über Eine Reise Ohne Ende. Berlin, Babel Verlag, 1994.

Lire en Portugais (Contes). Paris, Le Livre de Poche, 1994.

Brasilien Erzählt. Frankfurt am Main, Fischer, 1994.

Nueva Antología del Cuento Brasileño Contemporaneo. Mexico, Unam, 1996.

Brasil Littéraire. Paris, Liberté, 1996.

Trettí Breh Reky. Praha, Dauphin, 1996.

Contes de Noël Brésiliens. Paris, Albin Michel, 1997.

The Picador Book of Latin American Stories (eds.: Carlos Fuentes & Julio Ortega). London, Picador, 1998.

Here I Am: Contemporary Jewish Stories from Around the World. Philadelphia and Jerusalem, The Jewish Publication Society, 1998.

Repercussão no exterior

"Scliar's voice is a fresh onde, his artistic roots as firmly fixed in Jewish tradition and mythology as they are in Brazil's literary history." (Alan Ryan: A Samba to the Music of Time: The Strange Nation of Rafael Mendes, by Moacyr Scliar. The Washington Post, 21.2.98).

"Consider this an 800-word petition, urging upon readers the pleasures of a novel by a Brazilian master." (Herbert Gold: Jonah was Claustrophobic: The Strange Nation of Rafael Mendes, by Moacyr Scliar. The New York Times Book Review, 21.2.88).

"Scliar's originality makes a striking impression on the American reader." (Duncan Robertson: Short Stories from a Brazilian Original: The Ballad of the False Messiah, by Moacyr Scliar. San Francisco Chronicle, 10.1.88).

"The Centaur in the Garden is a comedic novel, a regionalist novel, a bawdy erotic novel, a realistic novel of bourgeois alienation, a metaphoric novel, a fantastic phantasmagorical novel - a weaving of the common and the mythic, a mating of contrasts and opposites." (Jack Dann: Straight from the Centaur's Mouth: The Centaur in the Garden, by Moacyr Scliar. The Washington Post, 12.5.85).

"One of Brazil's finest fabulists." (Alberto Manguel, Ghostwriting for God: Moacyr Scliar's Divine Fables. Village Voice, 16.12.1986.

Os dados acima foram obtidos em livros diversos, no sítio da Academia Brasileira de Letras e na revista Entrelivros.
Fonte: http://www.releituras.com/biografias.asp

20 de novembro de 2008

UE lança Biblioteca de Alexandria digital

Autoridades reunidas no lançamento da biblioteca virtual

BRUXELAS — Livros raros e antigos, ou cujas edições se esgotaram; pinturas, músicas, manuscritos, mapas: o projeto "Europeana" foi lançado nesta quinta-feira, 20 de novembro, com o objetivo de tornar acessível em apenas um site o imenso patrimônio cultural das bibliotecas nacionais do Velho Continente.

Esta é a idéia do portal multilíngue www.europeana.eu, que pretende armazenar não apenas livros, mas também outras obras digitalizadas em mãos de centros e instituições culturais européias.

"A 'Europeana' representa uma aliança inédita entre as novas tecnologias e o mundo da cultura. Estou convencida de que modificará de maneira profunda a forma que cada um terá acesso a partir de agora ao patrimônio cultural europeu", afirmou a comissária européia da Sociedade de Informação, Viviane Reding.

Como primera etapa do projeto, dois milhões de obras de arte já estão acessíveis na "Europeana". A meta é incorporar mais oito milhões no mais tardar até 2010.

Entre os primeiros conteúdos estão clássicos literários como "A Divina Comédia" de Dante e documentos históricos como a Magna Carta britânica, pinturas, gravações e manuscritos de compositores célebres como Beethoven e Mozart.

A criação da "Europeana" foi o objetivo-chave da iniciativa de digitalização de bibliotecas adotada pela Comissão Européia em 2005 com a intenção de abrir ao grande público o patrimônio cultural e científico dos 27 membros da UE.

Fonte: Agência de Notícias (AFP)

9 de novembro de 2008

NOSSOS LINDOS RIOS SOB EFEITOS ESPECIAS...

PASSE O MOUSE NAS IMAGENS, COM O BOTÃO DA DIREITA E AUMENTE OU DIMNUA O ZOOM E ADMIRE QUALQUER DETALHE!

SE QUISER COLOCAR ESTE EFEITO NUMA IMAGEM NO FLASH, HÁ UM LINK ABAIXO DAS FOTOS QUE PERMITE CHEGAR ATÉ O APLICATIVO. É FÁCIL! BOA SORTE!











8 de novembro de 2008

III PÓLO PETROQUÍMICO – TRIUNFO/RS



O Pólo Petroquímico do Sul constitui-se num empreendimento econômico e tecnológico de destaque no Rio Grande do Sul. É responsável por cerca de 95% do total da riqueza gerada no município de Triunfo e 3,5% da riqueza do estado.



Sua implementação no extremo sul do Brasil ocorreu no início da década de 1980, e tinha como objetivo a retomada da industrialização no estado. Contou com vivo apoio de diversos segmentos da sociedade gaúcha, dentre eles lideranças partidárias, associações empresariais e universidades, como a UFRGS e PUCRS.



O Pólo conta com aproximadamente 6.300 funcionários nas suas nove empresas. Sua implantação contribuiu para o desenvolvimento da região, oferecendo novas oportunidades de trabalho e um crescimento econômico significativo.



Sua privilegiada localização, com uma área verde de 3.600 hectares e sua proximidade da Capital, facilita o acesso dos milhares de trabalhadores que, diariamente, se deslocam de Triunfo e de diversas cidades do estado até o complexo.

LOCALIZAÇÃO



Sua privilegiada localização, com uma área verde de 3.600 hectares e sua proximidade da Capital, facilita o acesso dos milhares de trabalhadores que, diariamente, se deslocam de Triunfo e de diversas cidades do estado até o complexo.



INVESTIMENTOS


A implantação do Pólo Petroquímico do Sul consumiu investimentos de 1,327 bilhão de dólares, aplicados na instalação das primeiras indústrias, na infra-estrutura básica e na estação de tratamento de efluentes. Nos anos seguintes, novas empresas foram instaladas. No final dos anos 90, 1,400 bilhão de dólares foram investidos na duplicação da capacidade produtiva do complexo industrial.



O Pólo Petroquímico do Sul tem como diretriz básica assegurar o menor impacto ambiental possível decorrente de sua atividade econômica e as empresas do complexo mantêm programas próprios de gestão dos rejeitos industriais, visando à manutenção da qualidade das águas, do ar e da vida na região. Os efluentes líquidos e os resíduos sólidos, depois de tratados internamente, são enviados para unidades centralizadas de tratamento adicional e disposição.

O QUE O PÓLO PETROQUÍMICO PRODUZ?



A produção do Pólo começa com a nafta, que é a matéria-prima básica para toda cadeia de produção. Dela derivam o Eteno, Propeno, Butadieno, MTBE e solventes, que a Copesul produz e fornece para outras empresas do Pólo (Ipiranga, Braskem, Petroquímica Triunfo, Petroflex, DSM, Oxiteno, Innova).



Estas empresas transformam a matéria produzida na Copesul em outros produtos como Polietileno de alta densidade, polietileno linear de baixa densidade, polipropileno, borracha sintética, metiletilcetona, etilbenzeno, estireno, e poliestireno. Estas matérias primas são fornecidas para indústrias de diversos segmentos, para que sejam fabricados inúmeros produtos.


CADA EMPRESA, COM A MATÉRIA QUE ELA PRODUZ:


EMPRESAS DO PÓLO PETROQUÍMICO:


BRASKEM
http://www.braskem.com.br/
Telefone: (51) 3457.5455


A maior empresa petroquímica da América Latina aplica seus variados produtos (como polietileno e PVC, por exemplo), na fabricação de frascos de perfume, frascos para armazenar alimentos, papel filme, fios e cabos elétricos, etc.
A Braskem está entre as cinco maiores indústrias brasileiras de capital privado. Sua estrutura inovadora integra a primeira e segunda gerações petroquímicas, o que resulta em maior competitividade e aprimoramento na qualidade final.

Com treze fábricas localizadas em Alagoas, Bahia, São Paulo e Rio Grande do Sul, a empresa produz petroquímicos básicos como eteno, propeno, benzeno, caprolactama e DMT, além de gasolina e GLP (gás de cozinha). No segmento de resinas termoplásticas, produz polietileno, polipropileno, PVC e PET.




COPESUL
http://www.copesul.com.br/
Telefone: (51) 3457.6234


Empresa de classe mundial, caracterizada como de 1ª geração por produzir e disponibilizar 40% do eteno consumido no Brasil, sua função é produzir e fornecer as matérias-primas que alimentam as indústrias de 2ª geração do complexo, além de abastecer o mercado brasileiro e externo.

Além de eteno, seu principal produto, a empresa produz propeno, butadieno, benzeno, tolueno, xilenos, MTBE, buteno-1, propano e outros. Mais de 80% dos produtos fabricados são consumidos no Pólo Petroquímico direcionado às empresas de 2ª geração.


INNOVA
http://www.innova.ind.br/
Telefone: (51) 3457.5800


A Innova produz poliestireno (OS) e monômetro de estireno (ME) em uma operação integrada. Foi a primeira empresa da indústria petroquímica brasileira a conquistar a tríplice certificação (ISO 9001: 2000, ISO 14001 e OHSAS 18001).

Representa uma das maiores petroquímicas de segunda geração do País , responsável pelo fornecimento de material para produção de descartáveis, calçados, móveis e construção civil, eletroeletrônicos, pneus, adesivos e mais uma infinidade de produtos que temos contato diário.

Entre outras vantagens, a empresa possui um moderno laboratório de pesquisa e desenvolvimento de produtos, para aprimorar a assistência técnica e desenvolver soluções para clientes.



DSM

http://www.keltan.com/
Telefone: (51) 3457.5950


A DSM Elastômeros Brasil pertence a um dos grupos de negócios da Companhia Química DSM, que desenvolve e oferece soluções em Elastômeros para o mercado e Indústria com dois produtos estratégicos: o termoplástico vulcanizado, que é um material inovador com propriedades de borracha e a borracha sintética Etileno Propileno Dieno Monômero (EPDM).


IPIRANGA
http://www.ipq.com.br/
Telefone: (51) 3457.5500


A Ipiranga Petroquímica produz o Polietileno de Alta Densidade (PEAD), Polietileno de Média Densidade (PEMD), Polietileno de Baixa Densidade Linear (PEBDL) e Polipropileno (PP), direcionados a diferentes segmentos da indústria de transformação do plástico,
que é a base para a produção de sacolas plásticas, sacos em geral, frascos para sucos e lácteos, brinquedos, entre outros.

A Ipiranga atua em quase todo o território nacional e no exterior. Sua marca registrada é a garantia do fornecimento de produtos de alta qualidade.

A empresa mantém uma política de respeito ao meio ambiente, assim como a manutenção da saúde dos seus familiares funcionários. Estas ações são mais importantes do que qualquer certificado e são reflexos de uma política adotada pela empresa.


PETROFLEX
http://www.petroflex.com.br/
Telefone: (51) 3457.1144


A Petroflex é a maior produtora de borracha sintética da América Latina, fornece material para a produção de pneus e bandas de rodagem, calçados, autopeças, gomas de mascar, adesivos e selantes.

Na busca da satisfação dos seus clientes em todas as direções, é uma empresa preocupada com o meio ambiente e com a comunidade à sua volta. Isso se demonstra em projetos sociais, culturais e ambientais que vem apoiando e investindo nas cidades próximas ao Pólo Petroquímico.


PETROQUÍMICA TRIUNFO
http://www.ptriunfo.com.br/
Telefone: (51) 3457.2424


Produz o Polietileno de Baixa Densidade (PEBD), Copolímero de Etileno e Acetato de Vinila, que são usados para frascos moldados por sopro, filmes para uso agrícola, embalagens convencionais de alimentos e produtos de higiene e limpeza. Distribui seus produtos aos mercados nacionais e internacionais.

Uma empresa voltada para comunidade em que está inserida, investe em diversos projetos sociais, incentiva e disponibiliza o corpo de empregados para atuações voluntárias na comunidade.

A Petroquímica Triunfo fundamenta suas atividades empresariais no respeito à vida como elemento essencial, promovendo a atitude responsável e preventiva de seus empregados, clientes, fornecedores e comunidade com relação ao meio ambiente, saúde e segurança.


OXITENO
http://www.oxiteno.com.br/
Telefone: (51) 3457.5110


É uma das Empresas do Grande Grupo Ultra, que também atua nos setores de armazenagem, distribuição e comercialização de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) – a Ultragás.

As operações da Oxiteno são integradas e aliadas a uma alta produtividade e garantem a eficácia de performance dos seus produtos nos diversos mercados em que atua, que vão desde o setor de cosméticos, embalagens para bebidas até o de fluídos de freios, e de tintas e vernizes.

A linha de produtos abrange intermediários orgânicos, solventes, tensoativos e especialidades químicas.


WHITE MARTINS
http://www.whitemartins.com.br/
Telefone: (51) 34572706


A White Martins é a maior empresa de gases industriais da América do Sul, presente em nove países do continente. Seu portfólio de produtos inclui gases atmosféricos (oxigênio, nitrogênio e argônio), gases de processo (gás carbônico, acetileno, hidrogênio, misturas para soldagem), assim como gases especiais e medicinais e cilindros de aço sem costura.

A empresa também está presente nos setores metal-mecânico, de alimentos, bebidas, meio ambiente e é líder no setor médico-hospitalar.