13 de março de 2009

Os donos de pequenos animais reclamam menos da vida, gastam menos com Saúde e possuem auto-estima maior.



Gladis Maia

O título deste artigo não é conversa fiada não, fala de dados comprovados por pesquisas de Turner, autor de diversos livros sobre animais domésticos. Presidente da IAHAIO, Associação Internacional das Organizações para a Interação Homem-Animal, entidade que reúne PHDs do mundo inteiro para divulgar resultados de estudos e experiências em que animais atuam como co-terapeutas para crianças, delinqüentes juvenis, idosos, mulheres com câncer de mama, deficientes e até casais em crise.

O cientista comportamental tenta convencer desde ministros da Saúde de países do Primeiro Mundo até líderes de pequenas comunidades na África do Sul a investirem em programas de Terapia Assistida por Animais (TAA). Poderia auxiliar na utilização da grande quantidade de animais abandonados no mundo todo e que representam um grave problema para os governos e sociedades, podendo ser portadores de doenças, barulhentos e constituírem fonte de poluição.

As orientações da IAHAIO apontam para a necessidade de permitir às crianças o contato com animais de estimação em algum momento, no ambiente da escola. Qualquer programa que envolva contato entre as crianças deve levar em conta que os bichinhos envolvidos sejam: seguros (especialmente selecionados e/ou treinados); saudáveis (confirmado por laudo veterinário); preparados para o ambiente escolar ( estejam adequadamente alojados (na sala de aula ou em casa) e estejam sempre sendo supervisionados por um adulto preparado para isso (seja o professor ou o dono); que a segurança, a saúde e os sentimentos de cada criança na classe em relação a eles sejam respeitados.

Turner entende que a participação dos animais de estimação no currículo escolar estimula o desenvolvimento moral, espiritual e pessoal de cada criança, além de trazer benefícios sociais à comunidade escolar, aumentando as oportunidades de aprendizagem em diferentes áreas do currículo. Já é comprovado que crianças que têm contato com animais em Escolas tendem a melhorar em todos os sentidos e a vontade de aprender pode ser aumentada pela simples presença de um cachorrinho.

As escolas que adotam animais precisam fazê-lo com consciência. A comunidade escolar deve estar convencida de que a prática é um benefício e os animais adotados devem ser bem tratados, castrados. A castração evita riscos à saúde do animal, como tumores decorrentes de gravidez psicológica e doenças venéreas.

Ainda segundo o cientista há casos de crianças hiperativas, agressivas, portadoras de NEE em que o animal de estimação, adotado como co-terapeuta em tratamentos especializados, ajuda a melhorar sensivelmente os problemas identificados.

As Escolas que adotam animaizinhos de estimação precisam ter também os objetivos de aprendizagem bem definidos e precisos, abrangendo: o melhor desempenho cognitivo da criança; o aumento da motivação para o aprendizado, em várias áreas do currículo escolar; encorajamento do respeito e do sentido de responsabilidade em relação a outras formas de vida; considerações a respeito do potencial expressivo e do envolvimento de cada criança. Sem esquecer nunca que a segurança e o bem-estar dos animais envolvidos devem ser garantidos em todos os momentos.

Turner acha que as escolas podem contribuir não só dando exemplo como adotantes, mas desenvolvendo programas de conscientização a respeito do assunto. Já existem muitos projetos voltados para as escolas desenvolvidos em todo o mundo. Um dos objetivos principais é ensinar às crianças a respeitarem e protegerem os animais.

Estatísticas demonstram também a importância e os benefícios do animal de companhia na terceira idade. Estudos dão conta ainda do sucesso da maioria dos casos de pessoas com necessidades especiais que receberam terapia assistida com animais como co-terapeutas; doentes psíquicos que não se comunicam; crianças hiperativas ou agressivas; portadores da síndrome de Down; pacientes de Alzheimer; pacientes com problemas neurológicos e deficientes físicos.

A Terapia Assistida por Animais representa uma tremenda economia para a saúde pública e vem obtendo sucesso até nos casos em que métodos tradicionais de tratamento falharam. E, além de tudo, a companhia de animais beneficia não apenas deficientes ou portadores de doenças graves, mas também o cidadão comum seja qual for a sua renda familiar. Pensem nisto! Namastê!

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