27 de outubro de 2008

Carlos Drummond de Andrade, o poeta do amor, do social e da indignação.


(...) Pois de tudo fica um pouco.
Fica um pouco de teu queixo
no queixo de tua filha.
De teu áspero silêncio
um pouco ficou, um pouco
nos muros zangados,
nas folhas, mudas, que sobem.
Ficou um pouco de tudo
no pires de porcelana,
dragão partido, flor branca,
ficou um pouco
de ruga na vossa testa,
retrato.
(...) E de tudo fica um pouco.
Oh abre os vidros de loção
e abafa
o insuportável mau cheiro da memória.
(Resíduo)

Por Arnaldo Nogueira Jr.

Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira do Mato Dentro - MG, em 31 de outubro de 1902. De uma família de fazendeiros em decadência, estudou na cidade de Belo Horizonte e com os jesuítas no Colégio Anchieta de Nova Friburgo RJ, de onde foi expulso por "insubordinação mental". De novo em Belo Horizonte, começou a carreira de escritor como colaborador do Diário de Minas, que aglutinava os adeptos locais do incipiente movimento modernista mineiro.

Ante a insistência familiar para que obtivesse um diploma, formou-se em farmácia na cidade de Ouro Preto em 1925. Fundou com outros escritores A Revista, que, apesar da vida breve, foi importante veículo de afirmação do Modernismo em Minas. Ingressou no serviço público e, em 1934, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde foi chefe de gabinete de Gustavo Capanema, Ministro da Educação, até 1945. Passou depois a trabalhar no Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e se aposentou em 1962. Desde 1954 colaborou como cronista no Correio da Manhã e, a partir do início de 1969, no Jornal do Brasil.

O modernismo não chega a ser dominante nem mesmo nos primeiros livros de Drummond, Alguma poesia (1930) e Brejo das almas (1934), em que o poema-piada e a descontração sintática pareceriam revelar o contrário. A dominante é a individualidade do autor, poeta da ordem e da consolidação, ainda que sempre, e fecundamente, contraditórias. Torturado pelo passado, assombrado com o futuro, ele se detém num presente dilacerado por este e por aquele, testemunha lúcida de si mesmo e do transcurso dos homens, de um ponto de vista melancólico e cético. Mas, enquanto ironiza os costumes e a sociedade, asperamente satírico em seu amargor e desencanto, entrega-se com empenho e requinte construtivo à comunicação estética desse modo de ser e estar.

Vem daí o rigor, que beira a obsessão. O poeta trabalha sobretudo com o tempo, em sua cintilação cotidiana e subjetiva, destilando o corrosivo. Em Sentimento do mundo (1940), em José (1942) e, sobretudo, em A rosa do povo (1945), Drummond lançou-se ao encontro da história contemporânea e da experiência coletiva, participando, solidarizando-se social e politicamente, descobrindo na luta a explicitação de sua mais íntima apreensão para com a vida como um todo. A surpreendente sucessão de obras-primas, nesses livros, indica a plena maturidade do poeta, mantida sempre.

Várias obras do poeta foram traduzidas para o espanhol, inglês, francês, italiano, alemão, sueco, tcheco e outras línguas. Drummond foi seguramente, por muitas décadas, o poeta mais influente da literatura brasileira em seu tempo, tendo também publicado diversos livros em prosa.

Em mão contrária traduziu os seguintes autores estrangeiros: Balzac (Les Paysans, 1845; Os camponeses), Choderlos de Laclos (Les Liaisons dangereuses, 1782; As relações perigosas), Marcel Proust (La Fugitive, 1925; A fugitiva), García Lorca (Doña Rosita, la soltera o el lenguaje de las flores, 1935; Dona Rosita, a solteira), François Mauriac (Thérèse Desqueyroux, 1927; Uma gota de veneno) e Molière (Les Fourberies de Scapin, 1677; Artimanhas de Scapino).

Alvo de admiração irrestrita, tanto pela obra quanto pelo seu comportamento como escritor, Carlos Drummond de Andrade morreu no Rio de Janeiro RJ, no dia 17 de agosto de 1987, poucos dias após a morte de sua filha única, a cronista Maria Julieta Drummond de Andrade.
Cronologia:
1902 - Nasce em Itabira do Mato Dentro, Estado de Minas Gerais; nono filho de Carlos de Paula Andrade, fazendeiro, e D. Julieta Augusta Drummond de Andrade.

1910 - Inicia o curso primário no Grupo Escolar Dr. Carvalho Brito, em Itabira (MG).

1916 - Aluno interno no Colégio Arnaldo, da Congregação do Verbo Divino, Belo Horizonte. Conhece Gustavo Capanema e Afonso Arinos de Melo Franco. Por problemas de saúde, interrompe seus estudos no segundo ano.

1917 - Toma aulas particulares com o professor Emílio Magalhães, em Itabira.

1918 - Aluno interno no Colégio Anchieta, da Companhia de Jesus, em Nova Friburgo; é laureado em "certames literários". Seu irmão Altivo publica, no único exemplar do jornalzinho Maio, seu poema em prosa "ONDA".

1919 - Expulso do Colégio Anchieta mesmo depois de ter sido obrigado a retratar-se. Justificativa da expulsão: "insubordinação mental".

1920 - Muda-se com a família para Belo Horizonte.

1921 - Publica seus primeiros trabalhos na seção "Sociais" do Diário de Minas. Conhece Milton Campos, Abgar Renault, Emílio Moura, Alberto Campos, Mário Casassanta, João Alphonsus, Batista Santiago, Aníbal Machado, Pedro Nava, Gabriel Passos, Heitor de Sousa e João Pinheiro Filho, todos freqüentadores do Café Estrela e da Livraria Alves.

1922 - Ganha 50 mil réis de prêmio pelo conto "Joaquim do Telhado" no concurso Novela Mineira. Publica trabalhos nas revistas Todos e Ilustração Brasileira.

1923 - Entra para a Escola de Odontologia e Farmácia de Belo Horizonte.

1924 - Escreve carta a Manuel Bandeira, manifestando-lhe sua admiração. Conhece Blaise Cendrars, Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral e Mário de Andrade no Grande Hotel de Belo Horizonte. Pouco tempo depois inicia a correspondência com Mário de Andrade, que durará até poucos dias antes da morte de Mário.

1925 - Casa-se com a senhorita Dolores Dutra de Morais, a primeira ou segunda mulher a trabalhar num emprego (como contadora numa fábrica de sapatos), em Belo Horizonte. Funda, junto com Emílio Moura e Gregoriano Canedo, A Revista, órgão modernista do qual saem 3 números. Conclui o curso de Farmácia mas não exerce a profissão, alegando querer "preservar a saúde dos outros".

1926 - Leciona Geografia e Português no Ginásio Sul-Americano de Itabira. Volta para Belo Horizonte, por iniciativa de Alberto Campos, para trabalhar como redator-chefe do Diário de Minas. Heitor Villa Lobos, sem conhecê-lo, compõe uma seresta sobre o poema "Cantiga de Viúvo".

1927 - Nasce, no dia 22 de março, mas vive apenas meia hora, seu filho Carlos Flávio.

1928 - Nasce, no dia 4 de março, sua filha Maria Julieta, quem se tornará sua grande companheira ao longo da vida. Publica na Revista de Antropofagia de São Paulo, o poema "No meio do caminho", que se torna um dos maiores escândalos literários do Brasil. 39 anos depois publicará "Uma pedra no meio do caminho - Biografia de um poema", coletânea de críticas e matérias resultantes do poema ao longo dos anos. Torna-se auxiliar de redação da Revista do Ensino da Secretaria de Educação.

1929 - Deixa o Diário de Minas para trabalhar no Minas Gerais, órgão oficial do Estado, como auxiliar de redação e pouco depois, redator, sob a direção de Abílio Machado.

1930 - Publica seu primeiro livro, "Alguma Poesia", em edição de 500 exemplares paga pelo autor, sob o selo imaginário "Edições Pindorama", criado por Eduardo Frieiro. Auxiliar de Gabinete do Secretário de Interior Cristiano Machado; passa a oficial de gabinete quando seu amigo Gustavo Capanema substitui Cristiano Machado.

1931 - Falece seu pai, Carlos de Paula Andrade, aos 70 anos.

1933 - Redator de A Tribuna. Acompanha Gustavo Capanema quando este é nomeado Interventor Federal em Minas Gerais.

1934 - Volta a ser redator dos jornais Minas Gerais, Estado de Minas e Diário da Tarde, simultaneamente. Publica "Brejo das Almas" em edição de 200 exemplares, pela cooperativa Os Amigos do Livro. Muda-se, com D. Dolores e Maria Julieta, para o Rio de Janeiro, onde passa a trabalhar como chefe de gabinete de Gustavo Capanema, novo Ministro de Educação e Saúde Pública.

1935 - Responde pelo expediente da Diretoria-Geral e é membro da Comissão de Eficiência do Ministério da Educação.

1937 - Colabora na Revista Acadêmica, de Murilo Miranda.

1940 - Publica "Sentimento do Mundo" em tiragem de 150 exemplares, distribuídos entre os amigos.

1941 - Assina, sob o pseudônimo "O Observador Literário", a seção "Conversa Literária" da revista Euclides. Colabora no suplemento literário de A Manhã, dirigido por Múcio Leão e mais tarde por Jorge Lacerda.

1942 - A Livraria José Olympio Editora publica "Poesias". O Editor José Olympio é o primeiro a se interessar pela obra do poeta.

1943 - Traduz e publica a obra Thérèse Desqueyroux, de François Mauriac, sob o título de "Uma gota de veneno".

1944 - Publica "Confissões de Minas", por iniciativa de Álvaro Lins.

1945 - Publica "A Rosa do Povo" pela José Olympio e a novela "O Gerente". Colabora no suplemento literário do Correio da Manhã e na Folha Carioca. Deixa a chefia de gabinete de Capanema, sem nenhum atrito com este e, a convite de Luís Carlos Prestes, figura como editor do diário comunista, então fundado, Imprensa Popular, junto com Pedro Mota Lima, Álvaro Moreyra, Aydano Do Couto Ferraz e Dalcídio Jurandir. Meses depois se afasta do jornal por discordar da orientação do mesmo. É chamado por Rodrigo M.F. de Andrade para trabalhar na Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, onde mais tarde se tornará chefe da Seção de História, na Divisão de Estudos e Tombamento.

1946 - Recebe o Prêmio pelo Conjunto de Obra, da Sociedade Felipe d'Oliveira. Sua filha Maria Julieta publica a novela "A Busca", pela José Olympio.

1947 - É publicada sua tradução de "Les liaisons dangereuses", de Choderlos De Laclos, sob o título de "As relações perigosas".

1948 - Publica "Poesia até agora". Colabora em Política e Letras, de Odylo Costa, filho. Falece Julieta Augusta Drummond de Andrade, sua mãe. Comparece ao enterro em Itabira que acontece ao mesmo tempo em que é executada no Teatro Municipal do Rio de Janeiro a obra "Poema de Itabira" de Heitor Villa-Lobos, composta sobre seu poema "Viagem na Família".

1949 - Volta a escrever no jornal Minas Gerais. Sua filha Maria Julieta casa-se com o escritor e advogado argentino Manuel Graña Etcheverry e passa a residir em Buenos Aires, onde desempenhará, ao longo de 34 anos, um importante trabalho de divulgação da cultura brasileira.

1950 - Vai a Buenos Aires para o nascimento de seu primeiro neto, Carlos Manuel.

1951 - Publica "Claro Enigma", "Contos de Aprendiz" e "A mesa". É publicado em Madrid o livro "Poemas".

1952 - Publica "Passeios na Ilha" e "Viola de Bolso".

1953 - Exonera-se do cargo de redator do Minas Gerais, ao ser estabilizada sua situação de funcionário da DPHAN. Vai a Buenos Aires para o nascimento de seu neto Luis Mauricio, a quem dedica o poema "A Luis Mauricio infante". É publicado em Buenos Aires o livro "Dos Poemas", com tradução de Manuel Graña Etcheverry, genro do poeta.

1954 - Publica "Fazendeiro do Ar & Poesia até agora". Aparece sua tradução para "Les paysans", de Balzac. Realiza na Rádio Ministério de Educação, em diálogo com Lya Cavalcanti, a série de palestras "Quase memórias". Inicia no Correio da Manhã a série de crônicas "Imagens", mantida até 1969.

1955 - Publica "Viola de Bolso novamente encordoada".

1956 - Publica "50 Poemas escolhidos pelo autor". Aparece sua tradução para "Albertine disparue", de Marcel Proust.

1957 - Publica "Fala, amendoeira" e "Ciclo".

1958 - Publica-se em Buenos Aires uma seleção de seus poemas na coleção "Poetas del siglo veinte". É encenada e publicada a sua tradução de "Doña Rosita la soltera" de Federico García Lorca, pela qual recebe o Prêmio Padre Ventura, do Círculo Independente de Críticos Teatrais.

1960 - Nasce seu terceiro neto, Pedro Augusto, em Buenos Aires. A Biblioteca Nacional publica a sua tradução de "Oiseaux-Mouches orthorynques du Brèsil" de Descourtilz. Colabora em Mundo Ilustrado.

1961 - Colabora no programa Quadrante da Rádio Ministério da Educação, instituído por Murilo Miranda. Falece seu irmão Altivo.

1962 - Publica "Lição de coisas", "Antologia Poética" e "A bolsa & a vida". É demolida a casa da Rua Joaquim Nabuco 81, onde viveu 36 anos. Passa a morar em apartamento. São publicadas suas traduções de "L'Oiseau bleu" de Maurice Maeterlink e de "Les fouberies de Scapin", de Molière, esta última é encenada no Teatro Tablado do Rio de Janeiro. Recebe novamente o Prêmio Padre Ventura. Se aposenta como Chefe de Seção da DPHAN, após 35 anos de serviço público, recebendo carta de louvor do Ministro da Educação, Oliveira Brito.

1963 - É lançada sua tradução de "Sult" (Fome) de Knut Hamsun. Recebe os Prêmios Fernando Chinaglia, da União Brasileira de Escritores, e Luísa Cláudio de Sousa, do PEN Clube do Brasil, pelo livro "Lição de coisas". Colabora no programa Vozes da Cidade, instituído por Murilo Miranda, na Rádio Roquete Pinto, e inicia o programa Cadeira de Balanço, na Rádio Ministério da Educação. Viaja, com D. Dolores, a Buenos Aires durante as férias.

1964 - Publica a primeira edição da "Obra Completa", pela Aguilar.

1965 - São lançados os livros "Antologia Poética", em Portugal; "In the middle of the road", nos Estados Unidos; "Poesie", na Alemanha. Publica, em colaboração com Manuel Bandeira, "Rio de Janeiro em prosa & verso". Colabora em Pulso.

1966 - Publica "Cadeira de balanço", e na Suécia é lançado "Naten och rosen".

1967 - Publica "Versiprosa", "Mundo vasto mundo", com tradução de Manuel Graña Etcheverry, em Buenos Aires e publicação de "Fyzika strachu" em Praga.

1968 - Publica "Boitempo & A falta que ama". Membro correspondente da Hispanic Society of America, Estados Unidos.

1969 - Deixa o Correio da Manhã e começa a escrever para o Jornal do Brasil. Publica "Reunião (10 livros de poesia)".

1970 - Publica "Caminhos de João Brandão".

1971 - Publica "Seleta em prosa e verso". Edição de "Poemas" em Cuba.

1972 - Viaja a Buenos Aires com D. Dolores para visitar a filha, Maria Julieta. Publica "O poder ultrajovem". Jornais do Rio, São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre publicam suplementos comemorativos do 70º aniversário do poeta.

1973 - Publica "As impurezas do branco", "Menino Antigo - Boitempo II", "La bolsa y la vida", em Buenos Aires, e "Réunion", em Paris.

1974 - Recebe o Prêmio de Poesia da Associação Paulista de Críticos Literários. Membro honorário da American Association of Teachers of Spanish and Portuguese, Estados Unidos.

1975 - Publica "Amor, Amores". Recebe o Prêmio Nacional Walmap de Literatura e recusa, por motivo de consciência, o Prêmio Brasília de Literatura, da Fundação Cultural do Distrito Federal.

1977 - Publica "A visita", "Discurso de primavera e algumas sombras" e "Os dias lindos". Grava 42 poemas em 2 long plays, lançados pela Polygram. Edição búlgara de "UYBETBO BA CHETA" (Sentimento do Mundo).

1978 - Publica "70 historinhas" e "O marginal Clorindo Gato". Edições argentinas de "Amar-amargo" e "El poder ultrajoven".

1979 - Publica "Poesia e Prosa", 5ª edição, revista e atualizada, pela editora Nova Aguilar. Viaja a Buenos Aires por motivo de doença de sua filha Maria Julieta. Publica "Esquecer para lembrar - Boitempo III".

1980 - Recebe os Prêmios Estácio de Sá, de jornalismo, e Morgado Mateus (Portugal), de poesia. Edição limitada de "A paixão medida". Noite de autógrafos na Livraria José Olympio Editora para o lançamento conjunto da edição comercial de "A paixão medida" e "Um buquê de Alcachofras", de Maria Julieta Drummond de Andrade; o poeta e sua filha autografam juntos na Casa José Olympio. Edição de "En rost at folket", Suécia. Edição de "The minus sign", Estados Unidos. Edição de "Gedichten" Poemas, Holanda.

1981 - Publica "Contos Plausíveis" e "O pipoqueiro da esquina". Edição inglesa de "The minus sign".

1982 - Ano do 80º aniversário do poeta. São realizadas exposições comemorativas na Biblioteca Nacional e na Casa de Rui Barbosa, no Rio de Janeiro. Os principais jornais do Brasil publicam suplementos comemorando a data. Recebe o título de Doutor honoris causa pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Edição mexicana de "Poemas". A cidade do Rio de Janeiro festeja a data com cartazes de afeto ao poeta. Publica "A lição do amigo - Cartas de Mário de Andrade a Carlos Drummond de Andrade", com notas do destinatário. Publicação de "Carmina drummondiana", poemas de Drummond traduzidos ao latim por Silva Bélkior.

1983 - Declina do troféu Juca Pato. Publica "Nova Reunião (19 livros de poesia)", último livro do poeta publicado, em vida, pela Casa José Olympio.

1984 - Despede-se da casa do velho amigo José Olympio e assina contrato com a Editora Record, que publica sua obra até hoje. Também se despede do Jornal do Brasil, depois de 64 anos de trabalho jornalístico, com a crônica "Ciao". Publica, pela Editora Record, "Boca de Luar" e "Corpo".

1985 - Publica "Amar se aprende amando", "O observador no escritório" (memórias), "História de dois amores" (livro infantil) e "Amor, sinal estranho". Edição de "Frän oxen tid", Suécia.

1986 - Publica "Tempo, vida, poesia". Edição de "Travelling in the family", em New York, pela Random House. Escreve 21 poemas para a edição do centenário de Manuel Bandeira, preparada pela editora Alumbramento, com o título "Bandeira, a vida inteira". Sofre um infarto e é internado durante 12 dias.

1987 - No 31 de janeiro escreve seu último poema, "Elegia a um tucano morto" que passa a integrar "Farewell", último livro organizado pelo poeta. É homenageado pela Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira, com o samba-enredo "No reino das palavras", que vence o Carnaval 87. No dia 5 de agosto, depois de 2 meses de internação, falece sua filha Maria Julieta, vítima de câncer. "E assim vai-se indo a família Drummond de Andrade" - comenta o poeta. Seu estado de saúde piora. 12 dias depois falece o poeta, de problemas cardíacos e é enterrado no mesmo túmulo que a filha, no Cemitério São João Batista do Rio de Janeiro. O poeta deixa obras inéditas: "O avesso das coisas" (aforismos), "Moça deitada na grama", "O amor natural" (poemas eróticos), "Viola de bolso III" (Poesia errante), hoje publicados pela Record; "Arte em exposição" (versos sobre obras de arte), "Farewell", além de crônicas, dedicatórias em verso coletadas pelo autor, correspondência e um texto para um espetáculo musical, ainda sem título. Edições de "Moça deitada na grama", "O avesso das coisas" e reedição de "De notícias e não notícias faz-se a crônica" pela Editora Record. Edição de "Crônicas - 1930-1934". Edição de "Un chiaro enigma" e "Sentimento del mondo", Itália. Publicação de "Mundo Grande y otros poemas", na série Los grandes poetas, em Buenos Aires.

1988 - Publicação de "Poesia Errante", livro de poemas inéditos, pela Record.

1989 - Publicação de "Auto-retrato e outras crônicas", edição organizada por Fernando Py. Publicação de "Drummond: frente e verso", edição iconográfica, pela Alumbramento, e de "Álbum para Maria Julieta", edição limitada e fac-similar de caderno com originais manuscritos de vários autores e artistas, compilados pelo poeta para sua filha. A Casa da Moeda homenageia o poeta emitindo uma nota de 50 cruzeiros com seu retrato, versos e uma auto-caricatura.

1990 - O Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) organiza uma exposição comemorativa dos 60 anos da publicação de "Alguma Poesia". Palestras de Manuel Graña Etcheverry, "El erotismo en la poesía de Drummond" no CCBB e de Affonso Romano de Sant'Anna, "Drummond, um gauche no mundo". Encenação teatral de "Mundo, vasto mundo", com Tônia Carrero, o coral Garganta e Paulo Autran, sob a direção deste no Teatro II do CCBB. Encenação de "Crônica Viva", com adaptação de João Brandão e Pedro Drummond, no CCBB. Edição da antologia "Itabira", em Madrid, pela editora Visor. Edição limitada de "Arte em exposição", pela Salamandra. Edição de "Poésie", pela editora Gallimard, França.

1991 - Publicação de "Obra Poética", pela editora Europa-América, em Portugal.

1992 - Edição de "O amor natural", de poemas eróticos, organizada pelo autor, com ilustrações de Milton Dacosta e projeto gráfico de Alexandre Dacosta e Pedro Drummond. Publicação de "Tankar om ordet menneske", Noruega. Edição de "Die liefde natuurlijk" (O amor natural) na Holanda.

1993 - Publicação de "O amor natural", em Portugal, pela editora Europa-América. Prêmio Jabuti pelo melhor livro de poesia do ano, "O amor natural".

1994 - Publicação pela Editora Record de novas edições de "Discurso de primavera" e "Contos plausíveis". No dia 2 de julho falece D. Dolores Morais Drummond de Andrade, viúva do poeta, aos 94 anos.

1995 - Encenação teatral de "No meio do caminho...", crônicas e poemas do poeta com roteiro e adaptação de João Brandão e Pedro Drummond. Lançamento de um selo postal em homenagem ao poeta. Drummond na era digital, publicação de uma pequena antologia em 5 idiomas sob o título de "Alguma Poesia", no World Wide Web , Internet, na data de seu 93º aniversário. Projeto do CD-ROM "CDA-ROM", que visa a publicar, em ambiente interativo e com os recursos da multimídia, os 40 poemas recitados pelo autor, uma iconografia baseada na coleção de fotografias do poeta, entrevistas em vídeo e um curta-metragem.

1996 - Lançamento do livro Farwell, último organizado pelo poeta, no Centro Cultural do Banco do Brasil do Rio de Janeiro, com a apresentação de Joana Fomm e José Mayer. Esse livro é ganhador do Prêmio Jabuti.

1997 - Primeira edição interativa do livro "O Avesso das Coisas".

1998 - Inauguração do Museu de Território Caminhos Dummondianos em Itabira. No dia 31 de outubro é inaugurado o Memorial Carlos Drummond de Andrade, projeto do arquiteto Oscar Niemeyer, no Pico do Amor da cidade de Itabira. Prêmio in memorian Medalha do Sesquicentenário da Cidade de Itabira.

1999 - I Forum Itabira Século XXI — Centenário Drummond, realizado na cidade de Itabira. Lançamento do CD "Carlos Drummond de Andrade por Paulo Autran", pelo selo Luz da Cidade.

2000 - Inaugurada a Biblioteca Carlos Drummond de Andrade do Colégio Arnaldo de Belo Horizonte. Lançamento do CD "Contos de aprendiz por Leonardo Vieira", pelo selo Luz da Cidade. Estréia no dia 31 de outubro o espetáculo "Jovem Drummond", estrelado por Vinícius de Oliveira, no teatro da Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade e Itabira (Secretaria de Cultura do Município). Lançamento do CD "História de dois amores - contadas por Odete Lara", pela gravadora Luz da Cidade. Encenação pela Comédie Française da peça de Molière Les Fourberies de Scapin, com tradução do biografado, nos teatros Municipal do Rio de Janeiro e Municipal de São Paulo. Lançamento do projeto "O Fazendeiro do Ar", com o "balão Drummond", na Lagoa Rodrigo de Freitas - Rio de Janeiro. II Fórum Itabira Século XXI — Centenário Drummond, realizado em outubro na cidade de Itabira. Homenagem in memoriam Medalha comemorativa dos 70 anos do MEC. Homenagem dos Ex-Alunos da Universidade Federal de Minas Gerais.

BIBLIOGRAFIA

POESIA

Alguma poesia. Belo Horizonte: Edições Pindorama, 1930.

Brejo das almas. Belo Horizonte: Os Amigos do Livro, 1934.

Sentimento do mundo. R. de Janeiro: Pongetti, 1940; 10a ed., RJ: Record, 2000.

Poesias (Alguma poesia, Brejo das almas, Sentimento do mundo, José). RJ: J.Olympio, 1942.

A rosa do povo. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1945.

Poesia até agora. (Alguma poesia, Brejo das almas, Sentimento do mundo, José, A rosa do povo, Novos poemas). Rio de Janeiro: J. Olympio, 1948.

A máquina do mundo (incluído em Claro enigma). Rio de Janeiro: Luís Martins, 1949 (exemplar único).

Claro enigma. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1951.

A mesa (incluído em Claro enigma). Niterói: Hipocampo, 1951 (70 exemplares).

Viola de bolso. Rio de Janeiro: Serviço de Documentação do MEC, 1952.

Fazendeiro do ar & Poesia até agora. (Alguma poesia, Brejo das almas, Sentimento do mundo, José, A rosa do povo, Novos poemas, Claro enigma, Fazendeiro do ar). R. de Janeiro: J. Olympio, 1954.

Viola de bolso (incluindo Viola de bolso novamente encordoada); 2ª. ed. aumentada, Os Cadernos de Cultura, R. de Janeiro: J. Olympio, 1955.

Soneto da buquinagem (incluído em Viola de bolso novamente encordoada). Rio de Janeiro: Philobiblion, 1955 (100 exemplares).

Ciclo (incluído em A vida passada a limpo e em Poemas). Recife: O Gráfico Amador, 1957. (96 exemplares).

Poemas (Alguma poesia, Brejo das Almas, Sentimento do mundo, José, A rosa do povo, Novos poemas, Claro enigma, Fazendeiro do ar, A vida passada a limpo). R. de Janeiro: J. Olympio, 1959.

Lição de coisas. R. de Janeiro: J. Olympio, 1964.

Obra completa. (Estudo crítico de Emanuel de Moraes, fortuna crítica, cronologia e bibliografia). R. de Janeiro: Aguilar, 1964 (publicada pela mesma editora sob o título Poesia completa e prosa (1973), e sob o título de Poesia e prosa (1979).

Versiprosa. R. de Janeiro: J. Olympio, 1967.

José & Outros (José, Novos poemas, Fazendeiro do ar, A vida passada a limpo, 4 Poemas, Viola de bolso II). R. de Janeiro: J. Olympio, 1967.

Boitempo & A falta que ama. Rio de Janeiro: Sabiá, 1968.

Nudez (incluído em Poemas). Recife: Escola de Artes, 1979 (50 exemplares).

Reunião (Alguma poesia, Brejo das almas, Sentimento do mundo, José, A rosa do povo, Novos poemas, Clara enigma, Fazendeiro do ar, A vida passada a limpo, Lição de coisas, 4 Poemas). R. de Janeiro: J. Olympio, 1969.

D. Quixote (Glosas a 21 desenhos de Cândido Portinari). R. de Janeiro: Diagraphis, 1972.

As impurezas do branco. R. de Janeiro: J. Olympio, 1973.

Menino antigo (Boitempo II). R. de Janeiro: J. Olympio, 1973.

Minas e Drummond. (ilustrações de Yara Tupinambá, Wilde Lacerda, Haroldo Mattos, Júlio Espíndola, Jarbas Juarez, Álvaro Apocalypse e Beatriz Coelho). Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais,1973 (500 exemplares).

Amor, amores (desenhos de Carlos Leão). Rio de Janeiro: Alumbramento, 1975 (423 exemplares).

A visita (incluído em A paixão medida) (fotos de Maureen Bisilliat). São Paulo: edição particular, 1977 (125 exemplares).

Discurso de primavera e algumas sombras. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1977.

O marginal Clorindo Gato (incluído em A paixão medida). R. de Janeiro: Avenir, 1978.

Nudez (incluído em Poemas). Recife: Escola de artes, 1979 (50 exemplares).

Esquecer para lembrar (Boitempo III). R. de Janeiro: J. Olympio, 1979.

A paixão medida (desenhos de Emeria Marcier). R. de Janeiro: Alumbramento, 1980. (643 exemplares).

Nova Reunião - 19 livros de poesias. R. de Janeiro: J. Olympio, 1983

O elefante (Ilustrações de Regina Vater). R. de Janeiro: Record. Coleção Abre-te Sésamo, 1983.

Caso do vestido. R. de Janeiro: Rioarte, 1983 (adaptado para o teatro por Aderbal Júnior).

Corpo (Ilustrações de Carlos Leão). R. de Janeiro: Record, 1984.

Mata Atlântica (fotos de Luiz Cláudio Marigo, texto de Alceo Magnani). R. de Janeiro: Chase Banco Lar/AC&M, 1984.

Amor, sinal estranho (litografias originais de Bianco). R. de Janeiro: Lithos Edições de Arte, 1985 (100 exemplares).

Amar se aprende amando. R. de Janeiro: Record, 1985.

Pantanal (fotos de Luiz Cláudio Marigo, texto de Alceo Magnani). R. de Janeiro: Chase Banco Lar/AC&M, 1985.

Boitempo I e II (Reunião de poemas publicados anteriormente nos livros Boitempo, Menino antigo e Esquecer para lembrar). R. de Janeiro: Record, 1986.

O prazer das imagens (fotografias de Hugo Rodrigo Octavio - legendas inéditas de Carlos Drummond de Andrade). São Paulo: Metal Leve/Hamburg, 1987 (500 exemplares).

Poesia Errante: derrames líricos, e outros nem tanto ou nada. R. de Janeiro: Record, 1988.

Arte em Exposição. R. de Janeiro: Salamandra/Record, 1990.

O Amor Natural. (Ilustrações Milton Dacosta). R. de Janeiro: Record, 1992.

A Vida Passada a Limpo. R. de Janeiro: Record, 1994.

Rio de Janeiro (fotos de Michael Sonnenberg). Liechtenstein: Verlag Kunt und Kultur, 1994.

Farewell. R. de Janeiro: Record, 1996.

A Senha do Mundo. R. de Janeiro: Record, 1996; (reeditado em 1998, pela Record, com o título de Verso na Prosa, Prosa no Verso).

A Cor de Cada um. R. de Janeiro: Record, 1996; (reeditado em 1998, pela Record, com o título de Verso na Prosa, Prosa no Verso).

José & Outros. Rio de Janeiro: Record, 2003; (reunião dos livros José, Novos Poemas e Fazendeiro do ar).

CRÔNICA

Fala, amendoeira. R. de Janeiro: J. Olympio, 1957.

A bolsa & a vida. R. de Janeiro: Editora do Autor, 1962.

Cadeira de balanço. R. de Janeiro: J. Olympio, 1966.

Caminhos de João Brandão. R. de Janeiro: J. Olympio, 1970.

O poder ultrajovem. R. de Janeiro: J. Olympio, 1972.

De notícias & não notícias faz-se a crônica. R. de Janeiro: J. Olympio, 1974.

Os dias lindos. R. de Janeiro: J. Olympio, 1977.

Crônica das favelas cariocas. R. de Janeiro: edição particular, 1981.

Boca de luar. R. de Janeiro: Record, 1984.

Crônicas de 1930/1934 (Crônicas assinadas com os pseudônimos: Antônio Crispim e Barba Azul). Belo Horizonte: Revista do Arquivo Público Mineiro, 1984. [Reeditado em 1987 pela Secretaria da Cultura de Minas Gerais - ilustrações de Ana Raquel.]

Moça deitada na grama. R. de Janeiro: Record, 1987.

Auto-Retrato e Outras Crônicas. Seleção Fernando Py. R. de Janeiro: Record, 1989.

O Sorvete e Outras Histórias. São Paulo: Ática, 1993.

Vó Caiu na Piscina. R. de Janeiro: Record, 1996.

Quando é dia de futebol. Rio de Janeiro: Record, 2002.

CONTO

O gerente (incluído em Contos de aprendiz). R. de Janeiro: Horizonte, 1945.

Contos de aprendiz. R. de Janeiro: J. Olympio, 1951.

70 historinhas. R. de Janeiro: J. Olympio, 1978. (Seleção de textos dos livros de crônicas: Fala amendoeira, A bolsa & a vida, Cadeira de balanço, Caminhos de João Brandão, O poder ultrajovem, De notícias & não notícias faz-se a crônica e Os dias lindos.)

Contos plausíveis (ilustrações de Irene Peixoto e Márcia Cabral). R. de Janeiro: J. Olympio/Editora JB, 1981.

O pipoqueiro da esquina (Desenhos de Ziraldo). R. de Janeiro: Codecri, 1981.

História de dois amores (Desenhos de Ziraldo). R. de Janeiro: Record, 1985.

Criança dagora é fogo. R. de Janeiro: Record, 1996.

ENSAIO

Confissões de Minas. R. de Janeiro: Americ-Edit., 1944.

Passeios na ilha. R. de Janeiro: Simões,1952.

Minas Gerais (Antologia). R. de Janeiro: Editora do Autor, 1967. Coleção Brasil, Terra & Alma.

A Lição do amigo (cartas de Mário de Andrade - introdução e notas de CDA). R. de Janeiro: J. Olympio, 1982.

Em certa casa da rua Barão de Jaguaribe (ata comemorativa dos 20 anos do Sabadoyle). R. de Janeiro: Biblioteca Plínio Doyle, 1984.

O observador no escritório (Memória). R. de Janeiro: Record, 1985.

Tempo, vida, poesia (entrevistas à Rádio MEC). R. de Janeiro: Record, 1986.

Saudação a Plínio Doyle. R. de Janeiro: Biblioteca Plínio Doyle, 1986.

O avesso das coisas (Aforismos - ilustrações de ]immy Scott). R. de Janeiro: Record, 1987.
ANTOLOGIA

Português

Neste caderno... In: 10 Histórias de bichos (em colaboração com Godofredo Rangel, Graciliano Ramos, João Alphonsus, Guimarães Rosa, J. Simões Lopes Neto, Luís Jardim, Maria Julieta,Marques Rebelo, Orígenes Lessa, Tristão da Cunha). R. de Janeiro: Condé, 1947 (220 exemplares).

50 poemas escolhidos pelo autor. R. de Janeiro: Serviço de Documentação do MEC, 1956.

Antologia poética. R. de Janeiro: Editora do Autor, 1962.

Quadrante (em colaboração com Cecília Meireles, Dinah Silveira de Queiroz, Fernando Sabino, Manuel Bandeira, Paulo Mendes Campos e Rubem Braga). R. de Janeiro: Editora do Autor, 1962.

Quadrante II (em colaboração com Cecília Meireles, Dinah Silveira de Queiroz, Fernando Sabino, Manuel Bandeira, Paulo Mendes Campos e Rubem Braga). R. de Janeiro: Editora do Autor, 1963.

Antologia poética (seleção e prefácio de Massaud Moisés). Lisboa: Portugália, 1965. Coleção Poetas de Hoje.

Vozes da cidade (em colaboração com Cecília Meireles, Genolino Amado, Henrique Pongetti, Maluh de Ouro Preto, Manuel Bandeira e Raquel de Queirós). R. de Janeiro: Record, 1965.

Rio de Janeiro em prosa & verso (antologia em colaboração com Manuel Bandeira). R. de Janeiro: J. Olympio, 1965. Coleção Rio 4 Séculos.

Uma pedra no meio do caminho (biografia de um poema). Apresentação de Arnaldo Saraiva). R. de Janeiro: Editora do Autor, 1967.

Seleta em prosa e verso (estudo e notas de Gilberto Mendonça Teles). R. de Janeiro: J. Olympio, 1971.

Elenco de cronistas modernos (em colaboração com Clarice Lispector, Fernando Sabino, Manuel Bandeira, Paulo Mendes Campos, Raquel de Queirós e Rubem Braga). R. de Janeiro: Sabiá, 1971.

Atas poemas. Natal na Biblioteca de Plínio Doyle (em colaboração com Alphonsus de Guimaraens Filho, Enrique de Resende, Gilberto Mendonça Teles, Homero Homem, Mário da Silva Brito, Murilo Araújo, Raul Bopp, Waldemar Lopes). R. de Janeiro, Sabadoyle, 1974.

Para gostar de ler (em colaboração com Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos e Rubem Braga). São Paulo: Ática, 1977-80.

Para Ana Cecília (em colaboração com João Cabral de Melo Neto, Mauro Mota, Odilo Costa Filho, Ledo lvo, Marcus Accioly e Gilberto Freire). Recife: Edição Particular, 1978.

O melhor da poesia brasileira (em colaboração com João Cabral de Melo Neto, Manuel Bandeira e Vinícius de Moraes). R. de Janeiro: J. Olympio, 1979.

Carlos Drummond de Andrade. Seleção de textos, notas, estudo biográfico, histórico-crítico e exercícios de Rita de Cássia Barbosa. São Paulo: Abril, 1980.

Literatura comentada. São Paulo: Abril, 1981.

Antologia poética. São Paulo: Abril Cultural, 1982.

Quatro vozes (em colaboração com Rachel de Queiroz, Cecília Meirelles e Manuel Bandeira). R. de Janeiro: Record, 1984.

60 anos de poesia. (organização e apresentação de Arnaldo Saraiva). Lisboa: O Jornal, 1985.

Quarenta historinhas e cinco poemas (leitura e exercícios para estudantes de Português nos EUA). Flórida: University of Florida, 1985.

Bandeira - A vida inteira (textos extraídos da obra de Manuel Bandeira e 21 poemas de Carlos Drummond de Andrade - fotos do Arquivo - Museu de Literatura da Fundação Casa Rui Barbosa). R. de Janeiro: Alumbramento/Livroarte, 1986.

Álbum para Maria Julieta. Coletânea de dedicatórias reunidas por Carlos Drummond de Andrade para sua filha, acompanhado de texto extraído da obra do autor. R. de Janeiro: Alumbramento / Livroarte, 1989.

Obra poética. Portugal: Publicações Europa-América, 1989. Rua da Bahia (em colaboração com Pedro Nava). Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais, 1990.

Setecontos, setencantos (em colaboração com Caio Porfírio Carneiro, Herberto Sales, Ideu Brandão, Miguel Jorge, Moacyr Scliar e Sergio Faraco - organizado por Elias José). São Paulo: FTD.

Carlos Drummond de Andrade (org. de Fernando Py e Pedro Lyra). R. de Janeiro: Agir,1994.

As palavras que ninguém diz. (Seleção Luzia de Maria). R. de Janeiro: Record, 1997, (Mineiramente Drummond).

Histórias para o Rei. (Seleção Luzia de Maria). R. de Janeiro: Record, 1997 (Mineiramente Drummond).

A palavra mágica. (Seleção Luzia de Maria). R. de Janeiro: Record, 1997 (Mineiramente Drummond).

Os amáveis assaltantes. R. de Janeiro: Agora Comunicação Integrada, 1998.
EM OUTRAS LÍNGUAS
Alemão

Poesie (tradução de Curt Meyer-Clason). Frankfurt: Suhrkamp Verlag, 1965.

Gedichte (tradução de Curt Meyer-Clason). Frankfurt: Suhrkamp Verlag, 1982.
Búlgaro

lybctbo ba cbeta (tradução de Alexandre Muratov e Atanas Daltchev). Sófia: Narodna Cultura, 1977.
Chinês

Antologia da poesia brasileira (seleção de Antônio Carlos Secchin e tradução de Zhao Deming). Pequim: Embaixada do Brasil, 1994.
Dinamarquês

Verdensfornemmelse og Andre Digte (Tradução de Peter Poulsen). Copenhague: Borgens Forlag, 2000.
Espanhol

Poemas (seleção, versão e introdução de Rafael Santos Torroella). Madri: Ediciones Rialp, 1951. Colección Adonai.

Dos poemas (traduzidos por Manuel Grana Etcheverry). Buenos Aires: Ediciones Botella al Mar, 1953.

Poetas del siglo veinte. Carlos Drummond de Andrade (seleção e versão de Ramiro de Casasbellas). Buenos Aires: Ediciones Poesia, 1957.

Poesía de Carlos Drurnmond de Andrade (tradução de Armando Uribe Arce, Thiago de Mello e Fernando de Alencar). Santiago do Chile: Cadernos Brasileiros: Série Poesia, 1963.

Seis Poetas Contemporáneos del Brasil (tradução Manuel Grana Etcheverry). La Paz: Embajada del Brasil, 1966 (Cuadernos Brasilenos).

Mundo, vasto mundo (Tradução de Manuel Grana Etcheverry). Buenos Aires: Editorial Losada, 1967. Colección Poetas de Ayer y de Hoy.

Poemas (introdução, seleção e notas de Munoz-Unsain). Havana: Casa de las Americas, 1970.

La bolsa y la vida (tradução de Maria Rosa Oliver). Buenos Aires: Ediciones de la Flor, 1973.

Poemas (tradução de Leonidas Cevallos). Lima: Centro de Estudios Brasilenos, 1976. Drummond de Andrade (tradução Gabriel Rodriguez). Caracas: Dirección General de Cultura de la Gobernación del Distrito Fedreal, 1976.

Amar-amargo y otros poemas (tradução de Estela dos Santos). Buenos Aires: Calicanto, 1978.

El poder ultrajovem (tradução de Estela dos Santos). Buenos Aires: Editorial Sudamericana,1978.

Dos cuentos y dos poemas binacionales (em colaboração com Sergio Faraco e Jorge Medoza Enriguez). Santiago do Chile: Instituto Chileno-Brasileño de Cultura de Concepción, 1981.

Poemas (tradução, seleção e introdução de Francisco Cervantes). México: Premià, 1982.

Don Quijote (tradução de Edmund Font - gravuras de Portinari). México: Secretaría de Educación Pública, 1985 (3.000 exemplares).

Antología Poética (tradução, introdução, cronologia e bibliografia de Cláudio Murilo). Madri: Instituto de Cooperación Ibero-americana/Ediciones Cultura Hispánica, 1986.

Poemas (tradução Renato Sandoval). Lima: Embajada del Brasil, 1989 (Tierra Brasilena).

Itabira (Antología) (tradução Pablo del Barco). Madri: Visor,1990.

Historia de dos poemas (tradução Gloria Elena Bernal). México: SEP, 1992.

Carlos Drummond de Andrade. México: Fondo Nacional para Actividades Sociales, s. d. (Poesia Moderna).
Francês

Réunion. (Tradução de Jean-Michel Massa). Paris: Aubier-Montaigne, 1973.

Fleur, téléphone et jeune fille... (antologia organizada por Mário Carelli). Paris: L'Alphée, 1980.

Drummond: une esquisse. R. de Janeiro: Alumbramento / Livroarte, 1981.

Conversation extraordinaire avec une dame de ma connaissance et autres nouvelles. (Tradução de Mario Carelli e outros). Paris: A. M. Métailié, 1985.

Mon éléphant. (Tradução de Vivete Desbans. Ilustrações de Hélène Vicent). Paris: Éditions ILM, 1987. Collection bilingue.

Poésie (tradução Didier Lamaison). Paris: Gallimard, 1990.
Holandês

Gedichten (tradução de August Willensem). Amsterdam: Uitgeverij de Arbeiderspers,1980.

20 gedichten van Carlos Drummond de Andrade (tradução de August Willensen - Fotos de Sérgio Zalis). Amsterdam: Riksakademie van beeldende Kunsten, 1983.

De liefde, natuurlijk: gedichten (tradução August Willemsen). Amsterdam: Uitgeverij de Arbeiderspers,1992.

Farewell (tradução August Wil)emsen). Amsterdam: Uitgeverij de Arbeiderspers, 1996.
Inglês

In the middle of the road (tradução de John Nist). Tucson: University of Arizona Press, 1965.

Souvenir of the ancient world (tradução de Mark Strand). New York: Antaeu, 1976.

Poems (tradução de Virgínia de Araújo). Palo Alto: WPA, 1977.

The minus sign (tradução de Virgínia de Araújo). Redding Ridge: Black Scvan Books, 1980.

The minus sign (tradução de Virgínia de Araújo). Manchester: Carcanet New Press, 1981.

Travelling in the family (selected poems) (tradução de Elizabeth Bishop e Gregory Rabassa). Nova York: Random House; Toronto: Random House of Canada, 1986.
Italiano

Sentimento del Mondo (Tradução Antonio Tabucchi). Torino: Giulio Einaudi, 1987 (Poesia).

Un Chiaro Enigma (tradução Fernanda Toriello). Bari: Stampa Puglia, 1990.

La Visita (tradução Luciana Stegagno Picchio). Milão: Libri Scheiwiller, 1996.

Racconti Plausibili (tradução Alessandra Ravatti). Roma: Fahrenheit, 1996.

L’ Armore Naturale (tradução Fernanda Toriello). Bari: Adriatica, 1997.
Latim

Carmina drummondiana. (Tradução de Silva Bélkior). R. de Janeiro: Salamandra, 1982.

Norueguês

Tankar om Ordet Menneske. (Tradução Alf Saltveit). Oslo: Solum, 1992.
Sueco

Natten och rosen (Tradução de Arne Lundgren). Estocolmo: Norstedt & Söners, 1966.

En ros at folket. (Tradução de Arne Lundgren). Estocolmo: P.A. Norstedt & Söners, 1980.

Fran oxens tid. (Tradução de Arne Lundgren). Estocolmo: P.A. Norstedt & Söners, 1985.

Tvarsnitt. (Tradução Arne Lundgren). Estocolmo: Nordan, 1987.

Ljuset Spranger Natten. (Tradução Arne Lundgren). Lysekil: F. Forlag, 1990.
Tcheco

Fyzika strachu. (Tradução de Vladimir Mikes). Praga: Odeon, 1967.

TRADUÇÕES

Uma gota de veneno (Thérèse Desqueyroux), de François Mauriac. R. de Janeiro: Pongetti, 1943.

As relações perigosas (Les Liaisons dangereux), de Choderlos de Laclos. Porto Alegre: Globo,1947.

Os camponeses (Les Paysans), de Honoré de Balzac. In: A comédia humana. Porto Alegre: Globo, 1954.

A fugitiva (Albertine disparue), de Marcel Proust. Porto Alegre: Globo, 1956.

Dona Rosita, a solteira ou a linguagem das flores (Dona Rosita la soltera o el lenguaje de lãs flores), de Federico García Lorca. R. de Janeiro: Agir, 1959.

Beija-Flores do Brasil (Oiseaux-mouches Orthorynques du Brésil), de Th. Descourtilz. R. de Janeiro: Biblioteca Nacional, 1960.

O pássaro azul (L'Oiseau bleu), de Maurice Maeterlinck. Rio de Janeiro: Delta, 1962.

Artimanhas de Scapino (Les Fourberies de Scapin), de Molière. R. de Janeiro: Serviço de Documentação do MEC, 1962.

Fome (Sult), de Knut Hamsun. R. de Janeiro: Delta,1963.

LIVROS EM BRAILE:

Boca de luar. São Paulo: Fundação para o Livro do Cego no Brasil, 1985.

Corpo. São Paulo: Fundação para o Livro do Cego no Brasil, 1990.

Sentimento do mundo. São Paulo: Fundação Dorina Nowill para Cegos, 2000.

SOBRE O AUTOR:

Esfinge Clara - Garcia, Othon Moacyr (1955) - RJ.

Palavra puxa palavra em C. D. de Andrade - Garcia, Othon Moacyr (1955), RJ.

A rima na poesia de C. D. Andrade - Martins, Hélcio (1968) - RJ.

Drummond: a estilística da repetição - Teles, Gilberto M. (1970) - RJ.

Drummond rima Itabira mundo - Moraes, Emanuel de (1971) - RJ.

Terra e família na poesia de C. D. Andrade - Coelho, Joaquim-Francisco (1973) - RJ

Verso universo de Drummond - Merquior, José Guilherme (1975) - RJ.

Drummond de Andrade - Santiago, Silviano (1976) - Petrópolis.

A dramaticidade na poesia de Drummond - Schüler, Donald (1979); Porto Alegre.

Drummond: Análise da Obra - Sant'Anna, Affonso Romano de (1980); RJ.

Ó de Itabira (poema) - Accioly, Marcus (1980) - RJ.

Bibliografia comentada de Carlos Drummond de Andrade (1918-1930). Py, Fernando (1981) - RJ.

El erotismo en la poesía de Carlos Drummond de Andrade - Etcheverry, Manuel Graña (1990) - Buenos Aires.

(entre outros).

FONTE: http://www.releituras.com/biografias.asp

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